Na época da publicação da revista (nº 39 - abril de 2007), faltavam 3 anos para que o desafio proposto pela Meta 2010: Navegar, Nadar e Pescar no Rio das Velhas, fosse alcançado. A prioridade da Meta é a retirada dos esgotos, tendo como foco num primeiro momento, as regiões de BH e Contagem por abrigar 70% da população da bacia. Entre as melhorias houve o aumento na captação de esgoto na ETE Arrudas e inauguração da da ETE Onça, além da retirada de mais de 700 pontos de lançamento de esgoto irregular e previsão de retirada de mais 400 pontos até 2008. Para a região norte metropolitana o foco seria dado na bacia do Ribeirão da Mata, onde as condições sanitárias são precárias e o índice de tratamento de esgoto é muito baixo, sendo necessário a captação de recursos juntos ao Governo Federal através do PAC para que as ações possam ser viabilizadas. Apesar disso, na mesma matéria, a cidade de Jequitibá mostra o exemplo ao ao tratar autonomamente 95% dos esgotos de sua área urbana, contribuindo para a qualidade das águas da Bacia do Ribeirão Jequitibá. Contudo, apesar dos bons exemplos, muitos dos municípios ainda não conseguiram sequer elaborar seus projetos de tratamento de esgoto.
Outro esforço do Projeto Manuelzão é a preservação das águas da Bacia do Cipó por ser um rio que conta com a presença de várias espécies de peixes que poderão um dia, vir a povoar toda a bacia do Rio das Velhas, contribuindo, por assim dizer, com a Meta 2010. No entanto, um dos problemas enfrentados para a preservação e gestão da bacia, que abrange mais de 6 municípios, é a falta de recursos da prefeitura e também a pressão de mineradoras com projetos milionários.
Um dos principais artigos da revista é sobre o Aquecimento Global. Segundo reportagem se apenas um país ou um grupo de países realizarem ações de combate ao aquecimento, isso não será suficiente para resolver o problema. É preciso que haja uma cooperação internacional engajada na questão. Os interesses são distintos em relação à questão e uma das possibilidade seria a criação de uma instituição capaz de liderar articulações e conduzir ações num contexto global dentro da própria ONU ou fora dela, como medida possível. Uma das maiores esperanças, e talvez a mais eficaz para a solução do problema é justamente a ação da sociedade civil. Quanto às consequências, todos irão sofrer, mas os países que mais poluem provavelmente serão os menos afetados.
Transposição do rio São Francisco. Segundo a matéria existem alternativas mais econômicas e viáveis para a solução do problema do semi-árido brasileiro. Para especialistas o que falta é investir no desenvolvimento e tecnologias que permitam aproveitar todo o potencial da região. Conforme levantamento, o semi-árido é dentre as regiões semi-aridas do mundo, a que possui maiores indices de chuva, sendo assim, o problema não seria a falta de água, mas a própria distribuição e aproveitamento dela. No semi-arido ja existem infra-estrutura hídrica pronta aguardando a distribuição de toda a agua armazenada para o povo. A expansão das estruturas existentes e a construção de adutoras são alternativas baratas.As alternativas propostas se baseiam na utilização e adequação de solução já disponível, e na ampliação de açudes, da integração deles com a cidade através de adutoras e construção de novos reservatórios de água. Outro passo importante é resgatar a cultura e o conhecimento da população e junto com elas aprimorar práticas e desenvolver novas possibilidades que possam mobilizar a sociedade para os recursos locais disponíveis.
A primeira matéria da revista (nº40 - Junho 2007) com o título: "Novo reforço à melhora do Velhas", mostra o papel do trabalho descentralizado na bacia do Jequitibá para todo o Rio das Velhas. O projeto de biomonitoramento da bacia do ribeirão Jequitibá consiste num sistema de investigação para formar um banco de dados técnicos sobre a realidade ambiental da região. Através desse projeto seria possível traçar estratégias de despoluição do ribeirão jequitibá, que recebe todo o esgoto de Sete Lagoas e é um dos afluentes mais poluídos do Rio das Velhas. A partir dos resultados coletados, poderiam ser feito um levantamento dos padrões de qualidade e toxidade da água, e das origens da poluição, possibilitando um maior conhecimento dos problemas ambientais da região, contribuindo dessa forma para que outros projetos possam ser elaborados. A revista também mostra a possibilidade de haver cobrança pelo uso da água no Velhas em "Para além da promessa de solução" com a criação das agências de bacia, sendo os recursos arrecadados aplicados em ações ambientais nos municípios no entorno da bacia.
Na matéria "Energia: deu curto circuito" o Governo Federal prevê uma crise energética para 2011, caso não haja uma expansão do setor. Por isso, alegam a urgência de obras como as usinas do rio Madeira, afluente do rio Amazonas. Apesar disso, setores contrários à medida ressaltam os impactos ambientais na região e a preocupação em que os investimentos sejam feitos em sintonia com o meio ambiente e com a sociedade. Entre os impactos ocasionado pela instalação de uma usina hidroelétrica, estão o alagamento de terras para construção de reservatórios, desapropriação de áreas ocupadas, modificação da fauna e flora local, além da mudança no regime fluvial, o que prejudicaria os hábitos das espécies de peixes que as bacias abrigam. Para o Governo, ou instala hidroelétricas ou partimos para a energia nuclear. No entanto, faz-se necessário expandir a matriz energética para acompanhar a expansão do parque industrial brasileiro, sendo assim, outras fontes de energia poderiam também ser utilizadas como a energia solar, eólica e talvez as pequenas centrais hidroelétricas, por terem um pequeno impacto ambiental., uma das possibilidades seria a otimização da produção e melhoria na distribuição da energia.
O artigo "Morte e Vida no Velhas" trata sobre a mortandade de peixes no Rio das Velhas. O projeto "Monitoramento Ambiental participativo", o MAP, é um projeto do Manuelzão, em parceria com a Feam e a Fapemig, na tentativa de mudar esse quadro. O projeto une o conhecimeto científico e o popular para monitorar as águas do Rio das Velhas, buscar as causas das mortandades na bacia e mobilizar as comunidades ribeirinhas para a construção de políticas públicas em prol da melhoria do rio e da qualidade de vida na região
*Assuntos mais importantes em negrito
quarta-feira, 5 de maio de 2010
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